quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Liberdade para agir ou agir com liberdade?

Procurei um amigo e ofereci-lhe um livro que julgava importante a sua leitura. Por ser um adolescente, este meu amigo passa por dificuldades em casa, na escola e na seleção dos verdadeiros amigos. O livro em questão é: “Filhos Brilhantes, Alunos Fascinantes”, de Augusto Cury; que fala sobre as pressões comuns na adolescência. Meu amigo concordou em fazer a leitura, mas me devolveu o livro depois de ler o primeiro capítulo, alegando não precisar ler um livro que mudasse seus conceitos. Preferiu continuar com seus erros a perceber-se carente de ajuda.

Demorei a aceitar esta reação inesperada. Julgava ser algo importantíssimo para ele e por isso quis insistir na continuidade da leitura. Esqueci-me, entretanto, de um princípio essencial na filosofia: o homem é livre para decidir. Não posso obrigar ninguém a se ajudar. Cada um decide o que é melhor para si e cabe aos telespectadores dos erros alheios torcerem pela mudança do ser errante.

Não me julgo melhor do que ele. Disse isso. Não quero consertar o mundo, mas não posso vê meu amigo num caminho mau e fingir que está tudo bem. Prefiro ‘ferir’ a filosofia que fala da liberdade, a perder meu amigo para este mundo. Disse a ele que não desistiria dele, pois era um tesouro a ser descoberto. Talvez estas palavras não tenham causado tanto impacto nele, mas em mim serviram de estímulo para continuar acreditando no bem.

Este meu amigo me disse algo impressionante: “é difícil saber que está falando a verdade: você me diz uma coisa, mas chego lá fora e ouço outra diferente... como saber quem está certo ou errado?”. Disse a ele que a resposta dependia somente dele, pois somos livres para aceitar o erro e também o acerto, mas não podemos fingir que estamos sadios quando o médico nos diagnostica como doentes. Querer tratar-se ou não é questão nossa e não do médico.

Não quero e não posso desistir de mostrar a este meu amigo o bem que existe dentro dele. É mais fácil ser mal e ostentar a força física do que gritar pela diferença, pela paz entre os homens. Quem bate parece ser mais sábio do que quem apanha. Ser espertalhão é mais proveitoso do que ser honesto. Expressões assim confundem nossa cabeça e acabamos deixando morrer a verdade dentro de nós. A bem verdade não somos donos da verdade, mas tudo que sufoca o amor é mentiroso e, a Bíblia fala, o pai da mentira é o diabo. Ele é esperto e tem tentado nos fazer desistir das pessoas. Sejamos mais espertos: Jesus nunca desistiu de ninguém...

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