quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Presentes sem embalagens

Não somos um peso para as pessoas. Somos tão importantes que deveríamos ter nascido com uma linda embalagem representativa do nosso valor. Nascemos sem roupa, sem embalagem, justamente para mostrar a nossa igualdade. Ninguém é melhor que ninguém, assim como aquele que parece melhor é igual àquele que parece pior. Simples assim.

O nosso real valor não pode e nem deve ser medido pela nossa capacidade intelectual, pela nossa beleza, pelos nossos bens ou coisas afins. Somos importantes porque pertencemos à mesma classe de humanos, aptos a fazer coisas boas e coisas ruins. Reconhecer o nosso real valor é tarefa importante.

A vida nos condiciona a acreditarmos na superioridade de alguns poucos. Comparamo-nos, muitas vezes, com pessoas ditas perfeitas e ai descobrimos o quanto somos diferentes delas. E nos culpamos por sermos assim. Corremos atrás de “consertar” nossas diferenças e acabamos destruindo a nossa individualidade. Ainda não descobrimos que a beleza reside nas diferenças. E ser diferente é ser você.

Mudar quando dá é sabedoria. Querer igualar-se ao outro é burrice. As pessoas que rotulamos como “perfeitas” só são assim porque existe alguém (nós) que as enxergam assim. Se não estamos nos sentindo aceitos talvez seja porque estejamos concentrando demasiadamente o nosso olhar sobre as outras pessoas. Reparar nas qualidades dos outros sim; invejá-las não!

Quando você souber enumerar suas qualidades saberá também enumerar as qualidades dos outros. Quem se ama não consegue viver sem amar as pessoas. Não se considerará um peso para o outro, mas um instrumento eficaz a indicar o caminho da felicidade.

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